segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O mito dos pais perfeitos


        Com tantas mudanças no mundo ao longo das últimas décadas, a família com papéis previamente determinados – o “pai-provedor” e a “mãe-cuidadora” – perdeu seu lugar, assim como a posição autoritária dos pais diante dos filhos. Os pais ficaram um pouco perdidos diante deste cenário. e assim começou a dificuldade.
        O sistema familiar atual se tornou horizontal. Não mais mais no topo da pirâmide, pais com mais sentimento de culpa acabam se submetendo a filhos que se colocam como vítima. Além disso, trabalhando muito e passando pouco tempo com os filhos, os pais caem na armadilha da permissividade e deixam de estabelecer limites. Por não se sentirem seguros, muitos ficam relutantes em dizer “não”.
        Cinquenta anos atrás não se pensava em que tipo de pai se era, os filhos apenas eram tratados da mesma maneira com que os pais tinham sido criados. Hoje eles se sentem julgados e inseguros sobre como devem se comportar. Além disso, muitos pais não sabem falar sobre assuntos delicados com seus filhos, que estão expostos à drogas, bebida e sexo cada vez mais cedo.
        Segundo psicólogos, buscar o modelo do pai ou da mãe ideal na casa do vizinho ou na mídia pode deixar os pais ainda mais perdidos. O mundo não é perfeito e não poderia ser diferente com você. Portanto. Ao invés de tentar ser um pai ou uma mãe perfeita, o melhor é ter como meta ser “bom o suficiente” e encarar a tarefa com responsabilidade e tranquilidade. Não existe uma maneira perfeita para se criar um filho, cada forma é diferente e o que funciona com um pode não funcionar com outro.
        Trabalhar o triplo para dar à criança o tênis da moda não vai levar a nenhum benefício de longo prazo: é preciso estar atento ao que realmente essa criança precisa. Isso acaba se resumindo a amor, limites e liberdade para serem elas mesmas, e não um produto de seus pais.

Fonte: IG

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